CETICISMO COMO ANTÍDOTO DO MISTICISMO


  • Ceticismo como antídoto para o misticismo
  • A base do espiritismo é a literatura de Allan Kardec, sobretudo estes dois livros: O Evangelho segundo o espiritismo e O livro dos espíritos. O primeiro nos fala, de forma profunda e ao mesmo tempo simples e objetiva, sobre a moral cristã na perspectiva espírita, uma encantadora aula de civilidade e humanismo. Já O livro dos espíritos é um fantástico compêndio de perguntas e respostas sobre os mais variados temas que afetam nossa vida antes, durante e após o encarne na Terra. A literatura de Kardec é a coluna mestra do espiritismo e também uma segura proteção contra o misticismo, as crendices e as fantasias.
  • O próprio modo como a filosofia espírita se organizou mostra como ela preza o cuidado com a lógica e como se distancia das superstições. Não foi Kardec quem inventou o espiritismo, até porque o espiritismo não foi inventado.
  • A comunicação entre encarnados e desencarnados (isto é, entre espíritos) sempre existiu. No Egito e na Grécia antigos, no Império Romano, nos países europeus durante a Idade Média, 
  • Em meados do século XIX, sobretudo na França, na Inglaterra e nos Estados Unidos, nos círculos mais esclarecidos da sociedade era moda a comunicação com espíritos, ainda que bastante rudimentar: por sinais, pancadas, letras. Pouco mais que uma divertida brincadeira. Até que Allan Kardec - homem da ciência, pedagogo discípulo de Pestalozzi, cético, ético e árduo defensor do método científico - interessou--se pelo assunto. A princípio duvidando da autenticidade de tal comunicação, aplicou a ela toda a metodologia científica para desmascarar ou comprovar o que se dizia. Observou, duvidou, perguntou, ouviu, comparou, formulou, ouviu de novo, mudou suas fontes, negou, questionou novamente, testou. Tudo o que ouvia dos espíritos foi exaustivamente comprovado antes de estruturar suas obras.
  • Allan Kardec, com seu estudo científico do espiritismo, "apenas" organizou, deu forma e explicação ao que via acontecer. Seu raciocínio era o seguinte: os fenômenos são concretos e o sobrenatural inexiste. Portanto, aquilo que ali se verificava (mesas suspensas no ar, por exemplo) teria que ser algo natural, sujeito às leis da ciência. Por isso é que ele classificou o espiritismo como uma ciência da observação.
  • Concluiu que havia algo de racional, uma força desconhecida e naquele momento ainda inexplicada, uma nova ciência.
  • Dizia Kardec que, quando surge um fato novo não explicado pela ciência, devemos, em vez de negá-lo ou atribuí-lo ao sobrenatural, buscar ampliar a ciência para compreendê-lo. Cuidadoso, ele dizia ser preferível rejeitar 100 verdades a aceitar uma mentira. Esse seu ceticismo saudável continua muito presente no espiritismo. E é importante que continue assim, para evitar as armadilhas da crendice, do misticismo, da fantasia, do milagre, da idolatria e do messianismo.
  • No espiritismo, tudo é simples e racional. Não há paramentos, símbolos, talismãs, compra de redenção, ritos, rezas padrão, mistérios, segredos, eleitos, iniciação nem hierarquia.
  • Não há o sagrado. Não há a redenção dos pecados por milagre, não há perdão dado por um religioso ou mesmo por Deus. Na verdade, tampouco há o pecado. O que há é a consciência de nossos atos e a ação de buscar corrigi-los.
  • Tudo sempre baseado na lógica, na fraternidade e no bem.

fonte:
file:///C:/Users/Usuario/Pictures/Vidanavisaoespiritismo_Trecho.pdf

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